Pesquisar este blog

22 de dez. de 2011

A "Feira de produtos da agricultura familiar e orgânicos" e as atividades do "Sexta na Estação" deram uma pequena pausa para o Natal.

As atividades retornarão dia 13 de janeiro de 2012!!!
Sempre com itens de qualidade direto do produtor e atividades pra lá de interessantes como cinema, música, debates, rodas de conversa...

Desejamos a vocês um Feliz e Próspero Natal e um 2012 repleto de alegria, luz, amor, paz, amigos e em sintonia!!!
Que em 2012 a Agroecologia avance mais e mais!

18 de jul. de 2011

Programação de 22/7 - Sexta na Estação

Dia 22/7 



Feira da agricultura familiar, de economia solidária e de produtos orgânicos - toda sexta-feira, das 16h às 19h.
 



14h às 17h: “Matutando” (debate) -  “As mudanças no Código Florestal são necessárias para quem trabalha com agricultura ecológica?”
18h às 19h: Trem Bão” – show musical gratuito
19h às 21h:Cine Casa do Lago na Estação”(gratuito) – “ O Auto da Compadecida” (Direção: Guel Arraes Elenco: Matheus Nachtergaele, Selton Mello, Marco Nanini, Fernanda Montenegro, Denise Fraga)




Local: Cis-Guanabara (Rua Mário Siqueira, 829 – Botafogo – Campinas/ SP)

Estacionamento gratuito para os participantes da programação e da feira
Veja nossa programação semanal em: http://www.cisguanabara.unicamp.br/

11 de jul. de 2011

Programação de 15/7 - Sexta na Estação

Venha viver os saberes e sabores de uma 
“Sexta na Estação”


Dia 15/7
16h às 19h: “Pé na Roça”- Feira da agricultura familiar, de economia solidária e de produtos orgânicos (Agricultores e artesãos da Rede de Agroecologia da Unicamp)

18h às 19h: Trem Bão - Edson Galdino - MPB  

19h às 21h: “Cine Casa do Lago na Estação” – “Ponto de Mutação” (Direção: Bernt Capra. Elenco: Liv Ullmann, Saw Waterston e John Heard. Duração: 126min. )

Local: Cis-Guanabara (“Estação Guanabara”- em frente à Unimed) 
  R. Mário Siqueira, 829 – Botafogo 

27 de jun. de 2011

Participe!

Esta é nossa primeira grande ação em Rede!
Quer participar compondo o grupo de organização, oferecendo oficinas, trazendo idéias?
Então, fale conosco: agroecologiaunicamp@yahoo.com.br

3 de jun. de 2011

A Rede na prática!

Olá, pessoal!
Temos boas novas!


O trabalho do GT da Feira da Rede resultou na formatação de um evento, que conta com apoio da PREAC e parceria com o Cis-Guanabara e Casa do Lago, chamado "Sexta na Estação". Este espaço atende à demanda de vários atores da Rede pela criação de oportunidades de  trabalhos práticos e de maior possibilidade de aproximação entre os grupos.

Abaixo segue a proposta desta atividade que será realizada toda sexta-feira a partir de 8/7.

Pedimos àqueles que queiram coordenar, integrar e/ou oferecer as atividades que façam contato conosco.RESSALTAMOS que este é um espaço de trabalho da Rede, aberto a todos que queiram colaborar na construção deste processo. Lembramos também que todas as atividades são gratuitas.

Qq colaboração, mesmo que pontual, sempre é muito bem vinda!

Também queremos salientar que vários desdobramentos a partir destas atividades serão possíveis. Alguns já estão em foco como um plano de manejo da área do Cis, que inclui composteira, minhocário e formatação de uma área demonstrativa; criação de um ramal do trocas verdes; apoiar a transição dos grupos de agricultores da Rede através de atividades de trocas de experiência em campo; promover oficinas de qualificação para a comercialização; promoção de espaços de sensibilização de consumidores na feira;....e por aí vai! Venha colocar suas idéias e mãos à obra!

Ficamos no aguardo do seu contato aqui mesmo neste e-mail!
Vamos lá???


Proposta
O "Sexta na Estação" é um evento semanal que tem por objetivo promover no Cis-Guanabara, através de uma pareceria entre a Casa do Lago, o Cis-Guanabara e a Rede de Agroecologia da Unicamp, um espaço de inclusão social e cultural pautado atividades de extensão com enfoque de sensiblização e vivência em torno da temática âsaúde, alimentação, ambiente e qualidade de vidaâ.

A partir de 8/7/2011 todas as sextas-feiras terão uma grade de programação que inclui atividades diurnas e noturnas. Dentre elas destacam-se:

1. Oficinas Saberes da Vida e da Lida
O objetivo deste espaço de atividade, coordenado pela Rede de Agroecologia da Unicamp, é propiciar processos educacionais e de sensibilização, dialógicos, formais e informais, pautados na temática âsaúde, alimentação, ambiente e qualidade de vidaâ, que venham a beneficiar várias categorias de atores sociais e a promover ações de inclusão, qualificação e/ou geração de renda. Ocorrerá semanalmente, a partir das 14h.


2. Trem Bão
Esta atividade que tem como objetivo promover a inclusão cultural, trazendo à população shows gratuitos, sob a coordenação do Cis-Guanabara (semanalmente, das 18h às 19h) 


3. Pé na roça: vivência de promoção da saúde humana, ambiental e social através de uma mostra de produtos da agricultura familiar e do comércio solidário, incluindo produtos orgânicos - feira semanal (toda sexta-feira, das 16 às 19h)  coordenada pelos agricultores da Rede e instituições parceiras


4Matutando:  espaço para a promoção de debates (1 vez por mês, das 19h às 21h) sobre temas relevantes para a população e que permitam a interação entre diferentes setores da sociedade. Esta atividade, que será coordenada por um colegiado da Rede, deverá promover a relação entre movimentos sociais e universidade. Este colegiado será composto por todos os interessados da Rede na atividade. 

5. Cine Guanabara: esta atividade terá uma programação de filmes e documentários, bem como a abertura para mostras itinerantes. Também deve promover em algumas mostras a conciliação com debates sobre as temáticas tratadas. A nossa representação nesta atividade será coordenada pela Kellen Junqueira (FEAGRI), que tem ampla experiência na área e está aberta para todos os interessados.

6. Criança na Estação: atividades lúdicas e educativas que promovam a saúde e bem estar, através do alimento e do movimento, o consumo consciente e o resgate da infância, a ser coordenada pelo Cis-Guanabara

20 de mai. de 2011

Plantas medicinais e fitoterápicos em debate na cidade de Campinas

Plantas medicinais e fitoterápicos em debate
na cidade de Campinas

Márcia Tait

Semana de Fitoterapia promove espaço de discussão aberto e gratuito na cidade há mais de uma década

Entre os dias 26 e 29 de abril aconteceu na cidade de Campinas à décima primeira edição da “Semana de Fitoterapia prof. Walter Radamés Accorsi”. As atividades da foram variadas contando com palestras de especialistas dos segmentos de fitoterapia, cultivo de plantas medicinais, terapias alternativas em saúde, além de visitas técnicas a locais de cultivo e beneficiamento de plantas medicinais, minicurso e feira com produtos fitoterápicos, fitocosméticos e produtos artesanais de projetos sociais do município.

Segundo Marli Ribeiro, uma das organizadoras do evento e coordenadora do projeto Botica da Família da Prefeitura Municipal de Campinas, o evento tem como principal objetivo “divulgar a fitoterapia
de forma científica aos profissionais, agricultores e a população em geral”. O evento contou com prestígio do público e auditório lotado durante vários períodos. Duas das palestras mais prestigiadas pelo público foram a do naturopata André Hisberger e do médico Alberto Gonzales, realizadas no dia 27 de abril.

A palestra de André Hisberger ofereceu um panorama da produção científica e do uso de plantas em fitoterapia no Brasil e outros países como Alemanha e Estados Unidos. Também falou sobre os entraves e as possibilidades das políticas públicas voltadas a terapias integrativas no Brasil. “A política pública de terapias integrativas e complementares no Brasil é muito boa na teoria, mas a forma como é feita na prática ainda tem muitos problemas, o principal deles é que as terapias são aplicadas de forma fragmentada, o que acaba tornando-as pouco eficientes”, analisou o naturopata. O terapeuta também salientou a importância das práticas integrativas como forma de promover a adoção de outros parâmetros de vida e saúde que possam reverter o “surto bacteriológico” que vivemos atualmente.

A palestra do médico Alberto Gonzales autor do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, abordou o tema da centralidade de uma alimentação adequada para a boa saúde. Os seus trabalhos científicos e práticos no Programa Saúde da Família estão baseados nos benefícios de uma alimentação baseada no consumo de alimentos crus e grãos germinados - os chamados “alimentos vivos” - e da ingestão diária do “leite da terra”, um líquido preparado com vegetais, folhas e frutas orgânicas.

Essas práticas para saúde “não hegemônicas”, como definidas por Alberto Gonzales, teriam um papel central na mudança de paradigma, para a transição do que chamou de “cultura da morte para uma cultura da vida”. Essa cultura da vida teria seus princípios baseados em conceitos de teorias sistêmicas que trabalham a terra como elemento vivo (vasta vida microbiana) e capaz de auto-regulação. A saúde humana também integraria esse sistema e, ao mesmo tempo, funciona como um sistema próprio (mas não independente) formado pelo corpo e sua microbiota intestinal e sanguínea. 

“Não existem plantas medicinais: todos os alimentos vivos são fitoterápicos. Por isso defendo uma prática de fitoterapia nutricional do cotidiano para alcançar uma saúde plena”, explicou o médico. A palestra foi encerrada com a preparação do “leite da terra”, que também pode ser provado pelos presentes.

No período da tarde do dia 26 os pesquisadores Pedro Magalhães, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Lauro Barata, da Unicamp e Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), falaram sobre o cultivo de plantas medicinais, cooperativismo, técnicas para produção e sobre a importância da ampliação de pesquisas em etnomedicina e da expansão do mercado de fitoterápicos no Brasil. Segundo dados apresentados por Lauro Barata, o mercado de fitoterápicos no Brasil já movimenta atualmente cerca de 22 milhões de reais por ano, o que representa uma pequena parte do PIB de 8% destinado a saúde. Para Lauro Barata, o Brasil já possui base tecnológica a mão de obra qualificada para ampliar esse mercado, mas faltaria uma relação mais próxima entre a academia e os setores produtivos.


--

18 de mai. de 2011

CERES e AGROECOLOGIA (por Prof. Fernando Lourenço - IFCH)

CERES e AGROECOLOGIA
Composição do grupo:
O CERES - Centro Interno de Estudos Rurais do IFCH/UNICAMP - é um centro de pesquisas interdisciplinares que reúne professores e estudantes de graduação e pós-graduação de várias áreas do conhecimento, com a predominância da antropologia e sociologia. Ao longo da trajetória do centro foram desenvolvidas diversas atividades interdisciplinares de ensino, pesquisa e extensão. Dentre tantas, pode-se destacar os chamados "Diálogos pertinentes", encontros semestrais que congregavam pesquisadores das mais diversas áreas para a discussão de um tema comum; os encontros semanais do Grupo de Estudos do Ceres, que objetivam debates e troca de experiências de pesquisa entre os membros do Centro; os diversos projetos de pesquisa individuais e temáticos que resultaram em monografias de graduação, pesquisas de iniciação científica, dissertações de mestrado e teses de doutorado; os eventos acadêmicos, seminários e debates realizados com pesquisadores da UNICAMP e de outras instituições, nacionais e internacionais; e o PROCAD, Programa de Cooperação Acadêmica da CAPES, parceria interinstitucional com o objetivo de aprofundar a reflexão teórica a respeito da realidade rural brasileira através da colaboração com programas de pós-graduação da UFPE, UFPB, UFCG e UFRN. Os pesquisadores do CERES têm uma longa experiência em pesquisas colaborativas e aplicadas. Assim, em meio à consolidada produção científica e a sua atuação junto à comunidade, ao longo de 14 anos de existência, o CERES consolida sua trajetória em íntima conexão com as atividades de ensino e pesquisa dos programas de pós-graduação em Antropologia, Sociologia e Ciências Sociais do IFCH/Unicamp. O impacto destas pesquisas colaborativas pode ser sumariamente demonstrado, tanto pelo expressivo número de teses de doutorado, dissertações de mestrado, pesquisas de iniciação científica e monografias de graduação concluídas e em andamento, quanto pelo número de eventos científicos organizados pelo CERES. Desde 2007, o CERES publica o periódico semestral RURIS cuja proposta é apresentar e discutir resultados de pesquisas realizadas em contextos nacionais e internacionais que envolvam atores e situações relacionados ao mundo rural, de forma a trazer para o leitor os temas e as questões que emergem dos processos sociais contemporâneos, bem como a apresentação de pesquisas e discussões que recuperem a memória camponesa. A revista, seguindo o caráter interdisciplinar do CERES, publica trabalhos inéditos realizados no âmbito de diferentes campos do conhecimento. Os números já publicados da RURIS estão disponíveis em: http://www.ifch.unicamp.br/ceres/?p=ruris-edicoes
Como a agroecologia se expressa no seu trabalho:
A agroecologianão se limita a somente conhecer com rigor as relações que os seres humanos estabelecem com a natureza, elatambém se compromete com a exigência ética de erradicar a pobreza e a exploração dos seres humanos e da natureza.
Ações em ensino: disciplinas eletivas na graduação em Ciências Sociais e disciplinas obrigatórias e eletivas nos Programas de Pós-Graduação em Antropologia, Sociologia e Doutorado em Ciências Sociais.
Ações em pesquisa: iniciações científicas, monografias de graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado; projetos de pesquisa e convênios com outras universidades, como os seguintes mais recentes:
Políticas públicas, reconversões produtivas e recomposições identitárias no nordeste brasileiro: um olhar a partir do mundo rural e de suas conexões com o urbano” é um projeto de pesquisa e cooperação acadêmica financiado pelo CNPq e envolve equipes de docentes-pesquisadores do Programa de pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, e do Programa de Doutorado em Ciências Sociais da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, interessados em aprofundar suas investigações acerca das políticas públicas, reconversões produtivas e recomposições identitárias no Nordeste brasileiro. O projeto, por meio da pesquisa e do intercâmbio entre os programas envolvidos, tem o propósito de acompanhar as transformações em curso no mundo rural e as suas conexões com o mundo urbano, com foco no Nordeste e em perspectiva comparada com o que ocorre em outras regiões do país, principalmente o Sudeste. Trata-se de uma pesquisa que busca responder a uma demanda que não é apenas do mundo acadêmico e científico, mas também das instituições públicas e das organizações da sociedade civil, responsáveis pela elaboração e gestão de programas de ação territorial e de políticas públicas. O projeto se insere na perspectiva de fazer uma ponte entre os conhecimentos acumulados no trabalho acadêmico e junto ao debate público e governamental sobre questões culturais, socioeconômicas e políticas, que emergem particularmente a partir do mundo rural e em suas conexões com o urbano.
Dinâmicas Étnicas e Territoriais”, envolve alunos de mestrado e doutorado que trabalham com acampamentos e assentamentos de sem-terra, populações migrantes e com populações quilombolas, bolsistas de diferentes agências de fomento à pesquisa - Fapesp; CONACYT/México e Capes .
As formas de acampamento”. Projeto Jovem Pesquisador FAPESP. Pesquisadora responsável: Dra. Nashieli Rangel Loera – CERES/IFCH-Unicamp. As ocupações de terra com montagem de acampamentos organizados e mediados pelos chamados movimentos constituem um fato novo na história da luta pela terra no Brasil. Desde os anos 1990, a fórmula ocupação-acampamento se tornou uma das formas “adequadas” de demandar reforma agrária ao Estado brasileiro, ou seja, para que as demandas das organizações de trabalhadores rurais (movimentos) sejam atendidas, deve existir ocupação e, sobretudo, um acampamento. São recentes os trabalhos que tomam as ocupações e os acampamentos como objeto de estudo, privilegiando principalmente o ponto de vista dos homens e das mulheres de carne e osso, que fazem possíveis as ocupações de terras e que vivem o dia a dia dos acampamentos. Apesar de os acampamentos seguirem um modelo de organização determinado, uma “forma acampamento” como demonstrado por Sigaud (2000) estariam constituídos por características próprias que conformariam variações desse modelo e que dependem do movimento que organiza o acampamento, das trajetórias sociais dos militantes e dirigentes envolvidos com a organização deles, da origem e das características socioeconômicas das famílias que se instalam debaixo da lona e das características da região onde os acampamentos são montados. Essas variações ou características diferenciadas dos acampamentos constituiriam formas de acampamento. Este projeto pretende verificar a existência de diversas formas de acampamento no estado de São Paulo e as condições sociais que permitem sua reprodução.
Ações em extensão: “Oficinas de imagens sobre as condições de vida e trabalho dos migrantes nas modernas usinas paulistas: formando agentes multiplicadores no mundo rural” . Projeto de extensão financiado pelo FAEPEX e PREAC/Unicamp com o objetivo de formar agentes multiplicadores capazes de observar e analisar as condições de vida e trabalho dos trabalhadores rurais migrantes empregados no corte manual da cana pela agroindústria canavieira paulista. A formação destes multiplicadores se deu principalmente por meio da utilização dos vídeodocumentários Migrantes (2007) e Quadra Fechada (2006), dirigidos pelo Prof. Dr. José Roberto Novaes, da UFRJ, que também participou da primeira oficina de imagens que capacitou 15 estudantes de graduação ou pós-graduação da Unicamp envolvidos em pesquisas sobre o complexo agroindustrial canavieiro. As oficinas propostas neste projeto também tinham como tema a reflexão sobre a realidade do trabalho nos canaviais, fazendo coro com as ações realizadas pelo Ministério do Trabalho e pela OIT de combate ao trabalho escravo e degradante e em defesa do trabalho digno.

16 de mai. de 2011

Nesta quinta (19/5): Oficina "Consolidação da Rede de Agroecologia da Unicamp: estruturação e formalização"

CONSOLIDAÇÃO DA REDE DE AGROECOLOGIA DA UNICAMP: ESTRUTURAÇÃO E FORMALIZAÇÃO
Dia: 19 de maio de 2011, das 9 às 17 horas
Local:  Cis Guanabara  - Rua Mário Siqueira, 829, Campinas

Programação:

9:00h – Abertura
9:10h às 10:35h – Mesa: “Princípios e fundamentos da organização em Redes”
Moderador: Wilon Mazzala Neto.
Expositores: Vicente Galileu Ferreira Guedes (Embrapa) e
                     Mauro William Barbosa de Almeida (IFCH/ Unicamp).

10:35h às 12:30h – Painel: “Experiências  na organização de Redes
Moderadora: Laura De Biase (NEPA/ Unicamp).
Expositores: Diego Grespan de Oliveira (ANC), Julia Scaglioni (ITCP/Unicamp), Trocas Verdes e Francisco Corrales (Rede de Agroecologia do Leste Paulista).

12:30h às 14:00h - Almoço
14:00h às 16:00h – Grupos de trabalho

GT1: Designação da missão e objetivos da RAU.


GT2: Estruturação da RAU.


GT3: Relações intra e interinstitucionais e parcerias.


GT4: Formalização da Rede.


16:00h às 18:00 – Plenária Final e Encerramento

28 de abr. de 2011

Proposta para discussão: Política Nacional da Produção Orgânica


Aprova a Política Nacional da Produção Orgânica e dá outras providências.


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso VI, alínea “a”, do art. 84 da Constituição,
DECRETA:
Art. 1o  Fica aprovada a Política Nacional da Produção Orgânica, na forma do Anexo a este Decreto.
Art. 2o  Fica instituído Grupo de Trabalho para elaborar, no prazo de cento e vinte dias, o Programa Nacional de Produção Orgânica.
Art. 3o  O Grupo de Trabalho será constituído por dois servidores  do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, um dos quais será designado seu coordenador, e por um representante de cada órgão e entidade a seguir identificados:
I - Casa Civil da Presidência da República;
II – Ministério da Educação;
III - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;
IV - Ministério do Desenvolvimento Agrário;
V - Ministério da Ciência e Tecnologia;
VI - Ministério do Meio Ambiente;
VII - Ministério da Saúde;
VIII - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
IX - Banco do Brasil;
X - Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB;
XI - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA
XII- Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; e
Art. 4o  O coordenador, os membros do Grupo de Trabalho e seus respectivos suplentes serão designados pelo Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mediante indicação dos dirigentes máximos dos órgãos e entidades nele representados.
Art. 5o  O Grupo de Trabalho poderá:
I - constituir comissões e subgrupos de trabalho sobre temas específicos; e
II - convidar profissionais liberais de notório saber na matéria ou especialistas de  outros órgãos ou entidades e da sociedade civil para prestar assessoria às suas atividades.
Art. 6o  Caberá ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prover o apoio administrativo e os meios necessários à execução das atividades do Grupo de Trabalho.
Art. 7o  A participação no Grupo de Trabalho, considerada prestação de serviço público relevante, não será remunerada.
Art. 8o  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 22 de junho de 2006; 185o da Independência e 118o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAReinhold StephanesJosé Gomes Temporão
Miguel Jorge

Patrus Ananias
Guido Mantega
Sergio Machado Rezende
Carlos Minc
Fernando Haddad
Guilherme Cassel
Dilma Rousseff

Substituir os ministros que se licenciaram pelos atuais

ANEXO
 Política Nacional da Produção Orgânica
1 - OBJETIVOS
Objetivo Geral
Garantir a universalização do acesso aos produtos orgânicos à toda população brasileira, promovendo a alimentação saudável, o consumo responsável, o uso sustentável dos recursos naturais, a valorização da biodiversidade e a justiça social no meio rural.
Objetivos Específicos
  • Ampliar a oferta de insumos apropriados aos sistemas orgânicos de produção, promovendo a simplificação e priorização de seus processos de registro.
  • Ampliar a oferta de assistência técnica fundamentada nos princípios agroecológicos da agroecologia e adequadas à aos sistemas orgânicos de produção.
  • Fortalecer e aperfeiçoar o marco regulatório para a produção e comercialização de produtos orgânicos a partir dos modelos e experiências existentes no Brasil e em outros países.
  • Promover a adequação do ensino, em todos os níveis, de forma a disseminar o conhecimento sobre a agroecologia e sistemas orgânicos de produção e orientar para o consumo responsável.
  • Promover pesquisa, desenvolvimento de tecnologias e inovações em agroecologia e sistemas orgânicos de produção, nas diversas fases da cadeia produtiva.
  • Promover o desenvolvimento sustentável da rede de produção orgânica considerando os princípios do mercado justo.
  • Promover o uso sustentável da biodiversidade e a repartição dos benefícios decorrentes do acesso aos recursos genéticos, considerando o conhecimento tradicional associado.
2 - DIRETRIZES
1. Utilizar a regulamentação do setor como indutora do cultivo, do manejo sustentável, do processamento, da comercialização e da distribuição e uso de produtos orgânicos, considerando as experiências da sociedade civil nas suas diferentes formas de organização.
2. Promover a formação técnico-científica e a capacitação em agroecologia e sistemas orgânicos de produção.
3. Incentivar a formação e a capacitação de recursos humanos para o desenvolvimento de pesquisas, tecnologias e inovação em sistemas orgânicos de produção.
4. Estabelecer estratégias de comunicação para divulgação e promoção dos produtos orgânicos.
5. Fomentar pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação com base na biodiversidade brasileira, abrangendo espécies vegetais nativas e exóticas adaptadas priorizando as relacionadas à preservação de hábitos alimentares regionais.
6. Promover a interação entre o setor público e a iniciativa privada, universidades, centros de pesquisa e organizações não-governamentais na área de agroecologia e produção orgânica.
7. Apoiar a implantação de plataformas tecnológicas para o desenvolvimento integrado de sistemas orgânicos de produção nos diferentes biomas brasileiros.
8. Incentivar a incorporação racional de novas tecnologias no processo de produção orgânica.
9. Garantir o acesso e promover a segurança e a qualidade dos produtos orgânicos.
10. Valorizar e reconhecer as práticas populares de uso e manejo sustentável de espécies nativas. (se tornaria o item 10.3)
10. Promover a inclusão de povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares na rede de produção orgânica.
11. Promover a adoção de boas práticas de cultivo, manipulação e processamento nos sistemas orgânicos de produção.
11. Estimular o processamento de produtos orgânicos.
12. Promover o uso sustentável da biodiversidade e a repartição dos benefícios derivados do uso dos conhecimentos tradicionais associados e do patrimônio genético. (se tornaria o item 10.4)
13. Promover a inclusão da agricultura familiar nas cadeias e nos arranjos produtivos.
14. Estimular o processamento de produtos orgânicos, priorizando as pequenas agroindústrias que tenham por base o uso de insumos locais (acho que teria que ser subitem e não diretriz)
12. Estabelecer uma política intersetorial para o desenvolvimento socioeconômico da rede de produção orgânica.
13. Incrementar as exportações de produtos orgânicos brasileiros. priorizando aqueles de maior valor agregado e os que tenham por base o mercado justo.
14. Estabelecer mecanismos de incentivo financeiro compensadores que remunerem pelos serviços ambientais e sociais que a produção orgânica gera. propicia, objetivando a redução de seus custos de produção e com isso possibilitando a universalização de seu consumo.
3 - DESENVOLVIMENTO DAS DIRETRIZES

1.    Utilizar a regulamentação do setor como indutora do cultivo, do manejo sustentável, do processamento, da comercialização e da distribuição e uso de produtos orgânicos:
1.1. Realizar divulgação do conteúdo da regulamentação a fim de que as iniciativas de produção orgânica se adéqüem à lei;
1.2. Implementar processo permanente de revisão e adequação do conteúdo regulamentar visando à sua atualização;
(...)

2. Promover a formação técnico-científica e capacitação voltada à produção orgânica:
2.1. fortalecer e integrar as redes de assistência técnica e de capacitação administrativa de apoio à rede de produção orgânica;
2.2. promover a integração com o sistema de ensino técnico, pós-médio, na área de agricultura orgânica, articulação com o Sistema S, com universidades e incubadoras de empresas, fortalecimento da ATER - Assistência Técnica e Extensão Rural por meio de ações do governo e da iniciativa privada; e
2.3. elaborar programa de formação técnica e científica para a produção orgânica.
3. Incentivar a formação e a capacitação de recursos humanos para o desenvolvimento de pesquisas, tecnologias e inovação em agricultura orgânica:
3.1. criar e apoiar centros de pesquisas especializados em produção orgânica e no desenvolvimento e validação de insumos aprovados para o setor;
3.2. criar e apoiar centros de pesquisas especializados no desenvolvimento e validação de insumos aprovados para uso na agricultura orgânica;
3.3. promover a formação de grupos de pesquisa com atuação voltada ao enfrentamento ao atendimento das principais demandas da produção orgânica;
3.4. incentivar a formação e atuação de técnicos e tecnólogos, visando à agregação de valor e à garantia da qualidade nas diversas fases da cadeia produtiva;
3.5. incentivar o desenvolvimento de linhas de pesquisa e implantação de áreas de concentração relacionadas a produção orgânica nos cursos de pós-graduação;
3.6. incentivar o desenvolvimento de linhas de pesquisa para a formação de redes de bancos comunitários de sementes e bancos de germoplasma voltados à conservação da agrobiodiversidade; e
3.7. apoiar a qualificação técnica dos profissionais e demais envolvidos na produção orgânica.
4. Estabelecer estratégias de comunicação para divulgação dos produtos orgânicos e dos princípios agroecológicos que orientam a sua produção:
4.1. estimular a população a consumir os o consumo de produtos orgânicos;
4.2. manter permanentemente atualizado um portal eletrônico nacional voltado à agricultura orgânica;
4.3. apoiar e incentivar eventos de agricultura orgânica, para divulgar, promover e articular ações e experiências das cadeias produtivas do setor;
4.4. estimular a produção de material didático e de divulgação sobre produção orgânica; e
4.5. apoiar as iniciativas de coordenação entre as comunidades (que comunidades?) para a participação nos fóruns do setor.
5. Fomentar pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação com base na biodiversidade brasileira, abrangendo espécies vegetais nativas e exóticas adaptadas, priorizando as relacionadas à preservação de hábitos alimentares regionais:
5.1. incentivar e fomentar estudos, abordando a cadeia produtiva no que tange:
▪ à domesticação de espécies de interesse econômico utilizadas a partir do extrativismo;
▪ ao desenvolvimento de sistema de produção e manejo sustentável;
▪ à implantação de redes de coleções, bancos de germoplasma e bancos comunitários de sementes;
▪ ao desenvolvimento de produtos prontos para o mercado; e
▪ à participação de comunidades tradicionais e da agricultura familiar nas cadeias produtivas;
entre outros
5.2. estabelecer mecanismos de financiamento à pesquisa, desenvolvimento, inovação e validação de tecnologias para a produção orgânica.
6. Promover a interação entre o setor público e a iniciativa privada, universidades, centros de pesquisa e organizações não-governamentais envolvidos na rede de produção orgânica:
6.1. apoiar o desenvolvimento de centros e grupos de pesquisa emergentes;
6.2. identificar e promover a integração dos centros de pesquisa existentes no País;
6.3. incentivar a realização de parcerias em projetos de pesquisa;
6.4. estruturar rede de pesquisa; e
6.5. incentivar a transferência de tecnologia das instituições de pesquisa para o setor produtivo.
7. Apoiar a implantação de plataformas tecnológicas piloto para o desenvolvimento integrado de sistemas orgânicos de produção nos diferentes biomas brasileiros:
7.1. desenvolver tecnologia nacional necessária à produção de insumos apropriados para sistemas orgânicos de produção;
7.2. incentivar o desenvolvimento de tecnologias apropriadas aos pequenos empreendimentos, à agricultura familiar e estimulando o uso sustentável da biodiversidade nacional brasileira; e
7.3. fomentar a realização de pesquisas, visando à ampliação do número de espécies nativas da flora brasileira com estudos voltados ao manejo sustentável do extrativismo.
8. Incentivar a incorporação racional de novas tecnologias no processo de produção orgânica:
8.1. estimular o desenvolvimento nacional de equipamentos e tecnologias necessários à garantia e ao controle de qualidade na produção orgânica;
8.2. prospectar novas tecnologias que potencializem os sistemas orgânicos de produção;
8.3. incluir procedimento de avaliação tecnológica como rotina para a incorporação de novas tecnologias; e
8.4. desenvolver mecanismos de monitoramento e avaliação da incorporação de novas tecnologias.
9. Garantir o acesso e promover a segurança e a qualidade dos produtos orgânicos:
9.1. promover a implementação de mecanismos de controle voltados a garantia da qualidade orgânica;
9.2. incluir produtos orgânicos nas compras governamentais voltadas a atender os programas sociais, rede hospitalar e a alimentação escolar; e
9.3. promover a implementação de feiras livres e mercados públicos voltados à oferta de produtos orgânicos;
10. Promover a inclusão de povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares na rede de produção orgânica:
10.1. estabelecer mecanismos de financiamento para estruturação e capacitação contínua da rede ATER;
10.2. disseminar as boas práticas para sistemas orgânicos de produção;
10.3. valorizar e reconhecer as práticas populares de uso e manejo sustentável de espécies nativas;
10.4. promover o uso sustentável da biodiversidade e a repartição dos benefícios derivados do uso dos conhecimentos tradicionais associados e do patrimônio genético; e
10.5. promover e apoiar as iniciativas de produção e de comercialização de produtos orgânicos dos povos indígenas, comunidades tradicionais e da agricultura familiar.
11. Estimular o processamento de produtos orgânicos:
11.1. realizar análise prospectiva da capacidade instalada nas diferentes regiões;
11.2. criar incentivos fiscais voltados a indústrias de processamento de produtos orgânicos;
11.3. promover a adequação de legislações relativas a produtos processados de forma que atendam as diferenças específicas dos produtos orgânicos; e
11.4. desenvolver mecanismos de estímulo às pequenas agroindústrias que tenham por base o uso de insumos locais.
12. Estabelecer uma política intersetorial para o desenvolvimento socioeconômico da rede de produção orgânica (fico com dúvida se esta não é a política que está sendo escrita):
12.1. criar mecanismos de incentivos para as diferentes cadeias produtivas que compõe a rede de produção orgânica;
12.2. apoiar o desenvolvimento e a interação dos agentes produtivos de toda a rede de produção orgânica;
12.3. fomentar a produção de insumos, o beneficiamento e a comercialização de produtos orgânicos;
12.4. disponibilizar tecnologias apropriadas para os sistemas orgânicos de produção.
12.5. estabelecer mecanismos para distribuição dos recursos destinados ao desenvolvimento regional da produção orgânica;
13.10. utilização do poder de compra do Estado para o fortalecimento da produção nacional (já está contemplado no item 9.2)
13. Incrementar as exportações de produtos orgânicos brasileiros:
13.1. Estabelecer programas de promoção comercial para os produtos orgânicos brasileiros;
13.2 promover a Política de Produção Orgânica no âmbito do MERCOSUL;
13.3. incrementar as exportações de produtos orgânicos, priorizando aqueles de maior valor agregado e os que tenham por base o mercado justo;
13.3. estabelecer mecanismos creditícios e tributários adequados à estruturação das cadeias e dos arranjos produtivos que fazem parte da rede de produção orgânica aos insumos e produtos voltados à exportação;
14. Estabelecer mecanismos de incentivo financeiro compensadores que remunerem pelos serviços ambientais e sociais que a produção orgânica gera.
14.1. Estabelecer uma remuneração por hectare de produção orgânica de acordo com a legislação do setor...
14.2. (...)
4 - MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
A explicitação de diretrizes e prioridades desta Política Nacional da Produção Orgânica, no âmbito federal evidencia a necessidade de um processo contínuo de monitoramento e avaliação de sua implementação, por meio de:
1. criação do Comitê Nacional da Produção Orgânica: grupo técnico interministerial formado por representantes do governo e dos diferentes setores da sociedade civil envolvidos com o tema, que terá a missão dos referidos monitoramentos e avaliação da implantação desta política. Esse comitê deverá inicialmente criar instrumentos adequados à mensuração de resultados para as diversas vertentes desta política, além de incentivar parcerias técnicas dos setores do governo envolvidos com sua implantação;
2. definição de critérios, parâmetros, indicadores e metodologia voltados, de forma específica e inovadora, à avaliação da política, sendo que as informações alimentadoras do processo de monitoramento e avaliação devem ser geradas no interior dos vários planos, programas, projetos, ações e atividades decorrentes dessa política nacional;
3. acompanhamento do cumprimento dos compromissos internacionais assumidos pelo País na área e no âmbito interno, da consonância da presente política com as demais políticas nacionais, tendo em vista a incorporação alinhada e integrada de concepções, objetivos, metas e estratégias de segurança alimentar, de saúde, de desenvolvimento agropecuário e de meio ambiente na agenda de governo.